Mês de Claret: Espiritualidade Mariana

Mais uma semana se inicia e nesta celebramos o Dia do Patrono Claretiano, Santo Antônio Maria Claret. Hoje, conheça um pouco sobre a Espiritualidade Mariana que rege os missionários.

21/10/2019

Na Igreja primitiva, Maria ocupa um lugar único como a primeira crente (At 1,14; Lc 1,45), é uma seguidora fiel de Jesus, em meio a dúvidas (Lc 2,48,49), mal-entendidos e dificuldades (Lc 8,21), aos pés do Calvário (Jo 19,25), onde é proclamada a mãe dos fiéis. Sua fé estimula e convoca os discípulos que aguardam o Pentecostes (At 1,14).

Falar sobre espiritualidade significa superar uma concepção de vida não puramente "materialista"; envolve descobrir uma dimensão espiritual, uma transcendência, que dá sentido a tudo o que existe, e viver de uma busca pela comunhão com a transcendência. Implica, portanto, uma implicação em todas as dimensões que constituem a identidade da pessoa humana: o "modo" de se relacionar com Deus - homens - criação - eu

A dimensão cordimariana sempre foi um elemento da espiritualidade e obra apostólica dos missionários claretianos (Filhos do Imaculado Coração de Maria). Já na ideia original de Pe. Claret está a fundação de uma Congregação de missionários “que foram e foram chamados Filhos do Imaculado Coração de Maria”, e isso sempre esteve presente entre nós, a ponto de as Constituições dizerem que “nos rendemos ao Imaculado Coração de Maria pelo ministério da salvação” (nº 71), e em nossa mesma profissão religiosa nos entregamos “especialmente ao Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria” (C. 159).

Nossa entrega a Maria significa, antes de tudo, o reconhecimento e a aceitação de sua maternidade espiritual como um presente do Senhor à sua Igreja. Pela fé em Jesus e pela vontade de segui-lo, damos as boas-vindas a Maria como Mãe e Mestra no discipulado (Jo 19,25).

Ir. Cícero Junior, CMF