08/04/2019
No mês de março aconteceu a maior catástrofe da história de Moçambique, a passagem do ciclone Idai pelo país africano. Foram dias de desespero e destruição, com alto número de pessoas desaparecidas e mortas, casas levadas, ruas alagadas e falta de comunicação, comida e água.
Em meio a tudo isso, no Claretiano de Rio Claro, está padre Suade José Suade, moçambicano da Beira, que desde 2017 deixou sua cidade para estudar no Brasil.
Padre Suade veio da Beira em 2017 para se graduar em comunicação social e aprimorar a rádio Pax, fundada em 1954 por Dom Sebastião Soares de Resende, e popular entre fiéis da Diocese da Beira e regiões. Durante os anos em Rio Claro, o padre colabora com a Ação Pastoral, realizando missas e celebrações, ações e atividades religiosas. Hoje, infelizmente, a rádio foi destruída em consequência da passagem do ciclone, mas a instituição ainda trabalha via internet (clique aqui e acesse a página oficial da rádio).
Tão longe da tragédia, o padre não deixa de sentir a dor de seus conterrâneos, inclusive de seu pai, que está na cidade atingida e tem passado por dificuldades. Felizmente, depois de tanta tensão, ele consegue se comunicar com a família.
"Consegui me comunicar com eles após uma semana, foi uma semana de silêncio ensurdecedor até que as torres de telefonia tivessem sinal, foi então que consegui trocar mensagens de texto com meus familiares. Felizmente, não tive perda de pessoas próximas a mim, mas sinto por cada vida que foi levada".
Pouco tempo antes do ciclone passar, Padre Suade conversou com sua irmã, pois o departamento de meteorologia já havia avisado sobre o ciclone.
"Pedi para que minha irmã enviasse alimento ao meu pai, para que se houvesse algum problema, ele estivesse bem. Nunca imaginei que a situação tomaria aquela proporção", comentou sobre a intensidade em que o ciclone atingiu Moçambique. "Agora o problema é a alimentação e a água. As pessoas precisam de água potável porque a água da Beira e região foi contaminada, essa contaminação pode causar as conhecidas doenças hídricas, como a cólera".
Em busca de colaborar com a situação, o Claretiano - Rede de Educação iniciou a campanha Ajude Moçambique em 22 de março e até o momento reuniu mais de 25 mil reais, arrecadados por meio de doações financeiras. Esse dinheiro será disponibilizado para as pessoas em forma de alimento, remédio, água e todos os bens necessários para prover saúde e reconstrução.
Sua ajuda é essencial para que esse projeto colabore de forma ainda mais significativa com o país. Se ainda não sabe como ajudar, acesse claretiano.edu.br/ajudemocambique e conheça as formas de doação disponíveis.
A EPTV São Carlos e Band Campinas conversaram com Padre Suade sobre a tragédia e se manifestaram para ajudar a campanha Ajude Moçambique, realizada pelo Claretiano - Rede de Educação.
